O que você precisa saber sobre a moleira do…
A moleira do bebê é uma característica natural que pode gerar muita preocupação entre os pais, especialmente os de primeira viagem. Ela é uma área entre os ossos do crânio, que pode ser encontrada nas partes anterior e posterior da cabeça do recém-nascido. A função dessas áreas é permitir que o cérebro se desenvolva de forma saudável e também facilitar a passagem da cabeça durante o parto. Porém, entender o que é normal e o que exige atenção é importante para garantir o bem-estar do bebê.
O que é a moleira do bebê?
A moleira é um espaço entre os ossos do crânio que, com o tempo, se fecha. Existem duas principais áreas: a fontanela anterior, que é maior e mais notável, e a posterior, que geralmente é menor. Esses espaços são fundamentais para o desenvolvimento do cérebro, pois permitem que ele cresça e se desenvolva até o tamanho definitivo. A moleira anterior, em geral, fecha por volta dos 10 aos 15 meses, enquanto a posterior se fecha mais rapidamente, entre o segundo e o terceiro mês de vida.
Apesar de ser uma área sensível, a moleira não é tão frágil quanto muitas pessoas pensam. O tecido que a compõe é resistente e o cérebro do bebê fica bem protegido. Mesmo assim, os pais precisam observar mudanças nessas áreas, pois alterações podem indicar problemas de saúde.
Moleira alta, baixa ou pulsando: como interpretar?
É comum que os pais se preocupem quando percebem que a moleira está alta. No entanto, se o toque for flexível e almofadado, isso não deve ser motivo de preocupação. O que exige atenção é quando a moleira está alta e tensa, o que pode ser um sinal de aumento da pressão intracraniana, causada por condições como meningite, hidrocefalia ou zika vírus.
Se a moleira parecer funda, mas o bebê estiver ativo e saudável, não há motivo para preocupação. No entanto, se o bebê estiver mais quieto do que o normal, isso pode indicar desidratação, e o médico deve ser consultado. Outra dúvida comum é sobre a moleira pulsando. Esse fenômeno é completamente normal, pois a pulsação do coração pode ser visível na cabeça do bebê, devido à fina camada de pele.
Tamanho da moleira: o que é normal?
Durante os primeiros dois anos de vida, é essencial realizar medições regulares do perímetro cefálico do bebê, que é a circunferência da cabeça. O crescimento do perímetro cefálico varia conforme a idade do bebê. Entre os 0 e 3 meses, o crescimento é de aproximadamente 2 cm por mês. De 4 a 6 meses, o aumento é de 1 cm por mês, e de 6 meses a 1 ano, o aumento é de 0,5 cm por mês. O pediatra usa uma curva de crescimento para monitorar se o desenvolvimento está acontecendo dentro da faixa esperada.
Alterações na velocidade do crescimento do perímetro cefálico podem indicar problemas, como um crescimento rápido demais ou muito lento, que podem afetar a proporção da cabeça em relação ao corpo. O acompanhamento médico é importante para garantir que o bebê esteja se desenvolvendo de maneira saudável.
Cuidados com a moleira do bebê
Embora a moleira seja resistente, é importante tomar alguns cuidados para evitar acidentes. Evite batidas na área, especialmente com objetos pontiagudos, que podem causar danos. Quando a criança estiver sendo segurada por irmãos ou outras pessoas, é importante garantir que não haja pressão direta sobre a moleira.
Outro cuidado importante é a higiene da cabeça do bebê. Lavar a região corretamente é essencial para evitar infecções de pele, que podem ocorrer devido ao acúmulo de sujeira. Além disso, para garantir que a cabeça do bebê se desenvolva de forma simétrica, é fundamental variar as posições em que o bebê dorme. Isso previne a assimetria, especialmente se ele dormir sempre do mesmo lado.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que os bebês durmam de barriga para cima, pois essa posição é mais segura e ajuda a manter a simetria da cabeça. No caso de cranioestenose, uma condição onde os ossos do crânio ficam unidos de forma anormal, a assimetria pode ser mais evidente e, nesse caso, o acompanhamento médico é essencial.
A moleira do bebê é uma parte importante do processo de crescimento e desenvolvimento. Embora a preocupação com a área seja comum, na maioria das vezes não há motivo para pânico. Observar as mudanças e fazer o acompanhamento adequado com o pediatra garantirá que o bebê esteja saudável e se desenvolvendo corretamente. Lembre-se de que qualquer alteração significativa deve ser discutida com um profissional de saúde para garantir a segurança e o bem-estar do seu filho.